Carta AMD Fevereiro 2015
Amado(a) Irmão(a),
Vamos aproveitar o começo deste ano para firmarmos um sólido propósito: buscar mais e mais a presença de Deus em nossas vidas, a fim de andarmos naquilo que Ele diz em Sua Palavra.
Não podemos nos esquecer de estar vigilantes quanto ao nosso estilo de vida, sempre atentando ao que Deus diz, para aceitarmos as mudanças que devem ser feitas em nosso interior. Temos, para isso, a ajuda poderosa do Espírito Santo, que incansavelmente nos assiste em nossas necessidades.
Quando se fala sobre santidade, muitos interpretam como sendo um dom apenas para alguém muito especial, um “escolhido” de Deus. Entretanto, a Bíblia diz que ser santo é algo possível para nós, que nascemos de novo por meio da incorruptível Palavra de Deus.
Vejamos o que Deus nos diz sobre santidade em I Pedro 1:15-16:
Mas, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
É Deus que produz em nós a santidade e é por isso que podemos ser santos. Esta declaração é feita para o todo o Corpo de Cristo. Mas, infelizmente nem todos os cristãos sabem como viver santamente. Observe o que está em Gálatas 5:13:
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.
A liberdade que recebemos ao nascermos de novo não é para pecarmos, e depois ficarmos dando desculpas, tentando justificar nossos pecados. Essa liberdade nos dá autoridade para não cedermos ao pecado. Em Gálatas 5, nos versículos 16 e 17, podemos ler:
Digo, porém: andai no espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque, a carne milita contra o espírito, e o espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
Esses dois versículos, juntamente com o versículo 13, citado acima, falam da nova natureza que recebemos; falam do nosso espírito nascido de novo. Deus está nos dizendo que a carne quer controlar a nossa nova natureza, mas só estaremos em santidade quando o contrário acontecer: quando nossa nova natureza controlar a nossa carne.
Então, andar no espírito vai ser nossa escolha; Deus não lida com a nossa carnalidade, esse é um trabalho de nossa exclusiva responsabilidade. Está aí a importância de jejuar constantemente e orar muito em línguas. Só assim nosso espírito pode ter domínio sobre nossa carne.
Assim, se escolhemos viver sob a nova natureza não devemos ceder à carne. Entenda bem isso: aqueles versículos não dizem que não vou ter mais que lidar com os desejos carnais, mas sim que não vou ceder a eles. Veja Gálatas 5, versículo 25:
Se vivemos no espírito, andemos também no espírito.
Quem não nasceu de novo é incapaz de viver no espírito. Se andarmos na carne, o resultado serão obras da carne em nossas vidas. E, sem dúvida alguma, tudo o que acontece em nossas vidas é resultado do que temos (somos) dentro de nós. Observe os versículos 19, 20 e 21 de Galátas:
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, invejas, bebedices, glutonarias […].
A verdade é que ninguém está andando na rua e de repente assalta um banco. Uma pessoa só chega a cometer tal ato porque foi desenvolvendo esse pecado dia após dia por meio de pensamentos lançados por Satanás. O mesmo se dá com o adultério: é um processo desenvolvido no íntimo da pessoa.
As obras da carne se dão em um processo lento e contínuo em nossa mente por meio de pensamentos, até que chegamos à condição de cometer o pecado. Isso explica com clareza o que está escrito em Tiago 1:14-15:
Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
Andar no espírito e não satisfazer os desejos carnais é o que temos aprendido em Galátas. O capítulo 5 nos revela como andar na santidade. Veja o que diz o versículo 24:
E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.
Ou seja, quando nascemos de novo essa nova natureza colocada dentro de nós fez morrer os desejos carnais; então a carne e as afeições carnais não vão mais nos vencer: esse poder da carne foi levado à morte. Mas você pode estar se perguntando: se esse poder carnal não nos domina mais, por que muitas vezes nos sentimos enfraquecidos e sem ajuda?
E eu lhe pergunto também: por que será que queremos tanto o que é da carne e não conseguimos dizer não? A resposta está no versículo 17:
Porque a carne milita contra o espírito, e o espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
A carne (alma) quer desesperadamente vencer o espírito. Veja o que está escrito em I Pedro 2:16:
Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.
Vamos aprender algo muito importante: se nós tomamos decisões baseadas nos nossos próprios pensamentos, então, devemos “bombardear” a alma com a confissão da Palavra de Deus. É fato que nossa mente (alma) nos faz pensar que a nova natureza não tem poder de nos dominar e que não conseguiremos ser santos, por isso, acabamos sempre cedendo a ela. Daí a importância da confissão da Palavra.
Vamos, agora, para Hebreus 2:17-18:
Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.
Vejamos também, ainda em Hebreus, no capítulo 4, os versículos 14 e15:
Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Jesus foi tentado, o segundo Adão, ele passou pelas tentações e fez o que o primeiro Adão deveria ter feito e não fez: expulsar o diabo imediatamente com a Palavra da Promessa. Jesus sempre disse “não” ao pecado. Veja o que está escrito em Tiago 1:13:
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.
Ninguém convence Deus a pecar, ele é Santo, ele tem a Divindade. Jesus viveu 30 anos sem ser batizado nas águas e sem ser cheio com o Espírito Santo, mas Ele veio ao mundo com a nova natureza. Jesus foi o primeiro Homem a nascer com a nova natureza, ou seja, sem a natureza do pecado (e por isso nunca pecou).
A chave está aí: o poder que a nova natureza tem. Entendemos que quando nascemos de novo passamos a uma condição de vitória, de ganho, de santidade; vamos usufruir dessa condição em Cristo Jesus, Nosso Senhor. Veja o que diz a Palavra em I Pedro 4:1:
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado.
Sabemos que Jesus sofreu na Cruz por causa dos nossos pecados, como está escrito em Hebreus 4:15:
[…] antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Ou seja: Jesus nunca pecou, fomos nós que pecamos. E a Palavra segue dizendo, em I Pedro 4: 2, 3 e 5:
Para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias. Os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos.
Deus está dizendo que Ele nos julgará de acordo com o modo como vivemos depois que nascemos de novo. Em Gálatas 5:16 já vimos que a ordem é andarmos no espírito e não na carne. Também vimos, em I Pedro 5:10, quando ele fala “[…] depois de terdes sofrido […]”, esse sofrimento não é doença, nem falta de dinheiro ou acidentes, mas é o mesmo tipo de sofrimento que está escrito em I Pedro 4:1: “[…] tendo Cristo sofrido na carne […]”.
Devemos armar nossa mente contra todos os pensamentos de doutrina errada e desejos carnais; para isso temos a ajuda do Espírito Santo. Quando passamos um tempo orando em línguas, nosso espírito se edifica acima da carne. Com relação ao pecado e a tudo aquilo que não queremos mudar de jeito nenhum, o Espírito Santo vem nos ajudar para vencermos.
O jejum é outra prática que nos auxilia muito no combate aos desejos carnais. Sei que é uma prática difícil, mas muito necessária. Uma ideia para lhe ajudar: comece a jejuar um ou dois dias por semana e faça isso por dois ou três meses. Então, volte a comer normalmente. Depois de algum tempo, volte a jejuar por mais uns três meses por um ou dois dias por semana. Jejuar dessa maneira tem o mesmo valor do jejum de vinte, trinta ou quarenta dias seguidos. No final, leva ao mesmo resultado: faz morrer os feitos carnais.
Lembre-se disso, somos tentados a pecar e o diabo vai examinar nossas vidas e ver nossas fraquezas, e será bem nessas fraquezas que ele virá com tudo para nos dominar. Glória a Deus por podermos dizer não ao pecado e não ceder a ele.
Para finalizar esta carta com ânimo para a vitória contra a carne, lembre-se do que o apóstolo Paulo disse em Colossenses 1:27:
[…] Cristo em nós, a esperança da glória.
Vamos buscar para nossas vidas tudo o que está nessa Glória! Busquemos a santidade e não nos entreguemos ao pecado.
Graça e Paz, Ana Maria Dias