Carta DR Fevereiro 2004

DAVE  ROBERSON

Fevereiro – 2004

Querido Amigo,

No mês passado, estendemos um pouco mais nosso tempo de adoração em nossos cultos das sextas-feiras aqui no “The Family Prayer Center”. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a entrarem naquele lugar particular de adoração para que fique mais fácil para eles continuarem este momento particular de adoração fora dos cultos na igreja.

Nestes encontros, começamos a adoração, com uma hora ou um pouco mais, onde a congregação toda se une cantando com o grupo que lidera a adoração. Então, eu ensino, por volta de meia hora, sobre adoração antes de passarmos mais ou menos duas horas alternando a adoração pessoal e com a congregação. Durante este tempo, eu os encorajo a escolherem suas próprias palavras, ministrando ao Senhor através do santuário de seus corações.

Com este mesmo objetivo em mente, quero hoje lhe ensinar sobre adoração, partilhando a minha própria experiência daquele lugar particular de adoração e as maravilhosas verdades que descobri neste caminho. 

Em um de nossos cultos, há poucos anos atrás, havia uma linha especial de oração para receber força para mudar. Neste tipo de linha, a graça de Deus está disponível para nos ajudar a trocar nossas fraquezas pela força Dele.

Naquela noite, um amigo meu estava me ajudando a ministrar. Quando ele estava quase chegando no fim da linha, o Espírito Santo me disse que eu entrasse na linha. Assim que obedeci, uma brisa soprou pelos meus ouvidos e o meu espírito parecia ter ficado mais leve e mais leve.

A próxima coisa que me lembro foi que eu estava caindo no chão e o Espírito Santo estava falando comigo. Ele começou a dizer, “Você não sabe nada sobre adoração”, então Ele passou a me instruir a passar um certo tempo a sós em adoração, todos os dias. Isto não quer dizer necessariamente que a adoração possa ser agendada como um compromisso, mas o Espírito Santo queria que eu separasse um certo tempo, tomando um passo para entender o que Ele estava querendo me ensinar.

Porque eu estava já alguns dias em jejum, minha mente imediatamente questionou: E sobre o jejum? Você quer que eu continue jejuando?  

O Senhor respondeu: “Eu não falei que não é para você jejuar, mas o jejum não lhe dá o que a adoração pode lhe dar, nem a adoração lhe dá o que o jejum pode lhe dar”.

Imediatamente, minha mente se prostrou um pouco. Então, o Senhor me fez lembrar de três evangelizadores, dois dos quais jejuavam duas ou mais vezes por quarenta dias num ano. Ao me lembrar das vidas daqueles homens e de quão eficientes foram seus ministérios, Deus me ajudou a entender que quando qualquer pessoa põe sua confiança em apenas uma chave, tal como o jejum e crê que ela é a resposta para tudo, haverá certas áreas em sua vida às quais Deus não poderá ministrar. 

Então, quando caí no chão fiquei animado por estar sendo ensinado pelo Espírito Santo sobre um novo jeito de adoração. E porque a minha mente continuou ponderando sobre as diferentes chaves que Ele tinha me dado durante todos aqueles anos, eu não pude deixar de pensar se havia agido errado, exaltando uma chave para receber a resposta para tudo, que era a chave de orar em línguas. De qualquer maneira, Deus me confortou. Ele me assegurou que, já que a oração em línguas é um dom de revelação, é algo que uma pessoa por si só não pode fazer além do necessário. Orar em línguas era também o caminho pelo qual o Espírito Santo era capaz de me relembrar sobre as outras chaves, as quais agora entendo e mantenho tão perto do meu coração – chaves como meditação da Palavra, confissão da Palavra, jejum e, também, a adoração.

Então, depois que o Espírito Santo me disse, “Você não sabe muito sobre adoração”, eu tomei as providências necessárias para separar um certo tempo todos os dias para adorar e descobrir o que Ele queria que eu soubesse. Eu fui para a minha sala de som, onde eu gravava as fitas para o rádio, fechei a porta e comecei a adorar o Senhor. Duas semanas depois, eu estava esperando a Presença de Deus em um certo nível que até então eu só sabia que existia no âmbito da possibilidade. Bebendo profundamente, bem lá do fundo da fonte da adoração, a Presença de Deus se manifestou de forma tangível, fazendo com que eu experimentasse de primeira mão aquilo que muitos crentes estão procurando.

Siga-me atentamente agora, talvez esta seja a chave que VOCÊ esteja procurando. Esta é a chave que pode mudar sua fé para sempre como mudará o jeito de você receber de Deus.

Embora eu tenha lido e meditado tanto na Palavra de Deus, o fato de que ainda preciso entender muitas coisas continua a me surpreender. Quando eu penso que sei tudo sobre um versículo, acontece tudo de novo – algo se abre e muda o jeito que eu pensava sobre o que Deus está dizendo através daquele versículo. 

Foi isso que aconteceu comigo um dia com a passagem em João 4 onde Jesus estava sentado à beira do poço de Jacó e começou a revelar Seu coração e o coração de Seu Pai para a Samaritana. Ao meditar naqueles versículos, a maneira pela qual eu via a adoração mudou para sempre. 

Lá no poço de Jacó, ao ouvir meu espírito e ir ao encontro que Jesus teve com esta mulher repetidas vezes, eu comecei a entender o que meu Pai queria de mim: Ele queria uma aproximação que só pode ser experimentada numa família. 

Deus é em primeiro lugar nosso Pai, então Ele é nosso Deus. E como nosso Deus, Ele nos deu vida eterna e assegurou nosso futuro com uma abundância de um poder sem limites sustentado por Ele como Criador. Mas, como nosso PAI, Deus quer usufruir de uma comunhão conosco – a máxima aproximação que podemos Lhe dar através do nascimento novo e nos jogarmos em Seus braços com uma natureza igual a Dele. Podemos então, amá-Lo com a adoração e veneração de filhos que crêem que o sol se levanta e se põe em nosso Pai e que não há ninguém como Ele. 

Foi isto que entendi: Quando Jesus se sentou à beira do poço de Jacó e conversou com a samaritana, Ele estava diferenciando o tipo de adoração que os crentes podem dar a Deus o Pai e a adoração que os santos do Antigo Testamento puderam experimentar com Ele. Sob a Antiga Aliança, as pessoas não podiam dar a Deus o que eles não tinham – a adoração que vem da nova natureza do espírito nascido de novo. Este é o tipo de adoração que Deus deseja de Seu povo, pois Ele é um Espírito, e aqueles que O adoram devem adorá-Lo em espírito e verdade:

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.   (João 4:23)

Quando Jesus disse, “Mas vem a hora e já chegou,” Ele quis dizer que nunca antes na história da humanidade houve um tempo quando qualquer pessoa pudesse adorar a Deus em espírito e em verdade. Desde a queda de Adão e a morte espiritual da raça humana não houve qualquer um que fosse capaz de dar a Deus o que Ele desejava – a comunhão e adoração que emana da nova natureza. Mas, NÓS podemos porque nascemos de novo!

Então Jesus disse, “Pois o Pai procura estes adoradores para adorá-Lo”. Jesus não quis dizer que o Pai estava procurando de igreja em igreja por líderes de adoração. Pelo contrário, Jesus estava dizendo que Deus tinha buscado e esperado ao longo das gerações que vieram antes da Cruz, pacientemente trabalhando o plano da redenção e esperando pelo dia em que Ele pudesse restaurar a nova natureza para a raça humana. Quando esta nova natureza foi restaurada através de Jesus, o Pai pôde finalmente desfrutar do tipo de comunhão com Seus filhos que Ele procurava por quatro mil anos – uma comunhão mantida exclusivamente através do novo nascimento.

Não que Deus não tenha tido um relacionamento com os santos do Velho Testamento; sim Ele teve. Eles O adoraram com suas almas e deram-Lhe o máximo que puderam. Mas, por mais que Deus os amasse, Ele era limitado em desfrutar de uma aproximação com eles por causa da natureza pecadora. E até mesmo aquela aproximação só podia ser obtida quando eles O adoravam através do véu de purificação do sangue de animais. O que Deus esperava receber, eles não podiam Lhe dar: a comunhão e adoração que vêm do nascimento novo e têm a mesma natureza Dele. Como está escrito em Hebreus: 10:4: Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. 

Jesus não podia ter falado melhor de ninguém no Antigo Testamento do que Ele falou de João Batista quando disse em Mateus 11:11:

Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. 

De todos no Antigo Testamento – os profetas ou homens cheios de sabedoria como Moisés, Rei Davi, Rei Salomão – Jesus disse que nunca havia nascido de mulher alguma alguém maior que João Batista. Então, Jesus continua dizendo, “Mas o menor no reino dos céus é maior do que ele”.

Por quê? Porque, antes de Jesus ser ressuscitado dentre os mortos, a nova natureza ainda não estava disponível. Portanto, o ultimo no reino dos céus sob a Antiga Aliança seria maior do que João Batista porque os santos do Antigo Testamento ainda não tinham recebido a nova natureza. 

Mas como Jesus podia dizer que o menor no reino dos céus era maior do que João? João já não pertencia ao reino dos céus? Não, porque a nova natureza ainda não estava disponível e tanto João como Nicodemos não tinham ainda nascido de novo. Então, João não podia dar ao Pai o que Ele tanto esperou, a comunhão da nova natureza. Nem tão pouco podia o Rei Salomão ou o Rei Davi. A comunhão destes santos com Deus era restrita por causa de seus espíritos humanos não-regenerados. Eles não podiam chegar até lá – mas nós podemos, porque nascemos de novo.

Todos os santos do Antigo Testamento viverem sob a sombra das coisas que haviam de vir. Contudo, sabemos de uma coisa, com toda certeza, não pode existir uma sombra sem alguma coisa presente fazendo a sombra. Neste caso, uma pessoa que é nascida de novo já não pertence mais à sombra, mas foi batizada naquilo que fez a sombra em primeiro lugar – O Corpo de Cristo.

Assim, podemos entender melhor a exortação de Paulo aos Colossenses quando os judeus vieram e tentaram doutriná-los erradamente fazendo-os guardar a Lei. Paulo disse aos Colossenses 2:16,17:

 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.

Freqüentemente, eu encontro crentes que guardam o sábado, eles não entendem que o sábado era um tipo ou uma sombra de algo mais que viria. Eles não entendem que Ele que está fazendo a sombra já veio, é impossível viver na sombra e naquilo que está fazendo a sombra ao mesmo tempo.

Você já imaginou por que sob a sombra – a Lei – um homem que não fez nada mais do que pegar um pedaço de lenha no sábado seria apedrejado até a morte?

Estando, pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado.

Os que o acharam apanhando lenha o trouxeram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação.

Meteram-no em guarda, porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer.

Então, disse o SENHOR a Moisés: Tal homem será morto; toda a congregação o apedrejará do arraial.

Levou-o, pois, toda a congregação para fora do arraial, e o apedrejaram; e ele morreu, como o SENHOR ordenara a Moisés. (Números 15:32-36).

Sob a sombra, o sábado era um tipo de descanso que você e eu entraríamos quando nascêssemos de novo e não carregaríamos mais o peso dos nossos pecados. Sabemos que Josué não era capaz de dar aos filhos de Israel aquele tipo de descanso quando ele os conduziu pelo Jordão à Terra Prometida. Senão, Paulo não teria dito o que falou em Hebreus 4:8-10:

Ora, se Jesus (Josué) lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia.

Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.

Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.

O único jeito de nascermos de novo é pararmos com nossas próprias obras e entrarmos no descanso de Deus. O fato de que o sábado era um tipo deste descanso que você e eu entramos quando nascemos de novo é a razão pela qual a penalidade era tão exigente por violá-lo – mesmo por uma coisa tão simples, como pegar um pedaço de lenha. Nós não podemos merecer nossa salvação. Portanto, qualquer obra feita “sob a sombra” no sábado tirou nossa salvação da graça e colocou-a debaixo das obras –onde é impossível que uma pessoa seja salva.

É por isso que Paulo diz em Efésios 2:8,9:

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

Não de obras, para que ninguém se glorie. 

Os santos do Antigo Testamento como João Batista, o Rei Davi e o filho de Davi, o Rei Salomão, esperaram pelas gerações que vieram antes da Cruz no Antigo Testamento como um tipo de Céu – a própria sombra do Céu. Era um lugar muito confortável, de acordo com a referência que Jesus fez em Lucas 16:22: Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão… 

Depois Jesus continua dizendo que Lázaro foi confortado naquele lugar. Assim os santos do Antigo Testamento estavam esperando confortavelmente sob a sombra por toda dispensação até a Cruz; até que Jesus pudesse dar-lhes uma nova natureza. Então Jesus os tirou de debaixo da sombra para o próprio Céu, para sempre na Presença de Deus.

Não eram simplesmente os santos do Antigo Testamento que estavam esperando. Toda a criação esperou pelo nascimento do primogênito de entre os mortos – Jesus, o Filho de Deus – nascido fisicamente na terra: 

Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia. (Colossenses 1:18).

Sabemos que este versículo está falando sobre uma ressurreição espiritual e não uma natural porque houve muitas ressurreições dos mortos sob a Antiga Aliança, antes dos dias de Jesus aqui na terra. Se Deus estivesse falando de uma ressurreição natural, nenhuma daquelas poderia ter sido a primeira porque elas foram todas antes da ressurreição de Jesus.

A ênfase não está sobre a ressurreição natural de Jesus, mas em Sua ressurreição ESPIRITUAL, pois como Ele pôde ser chamado primogênito de entre os mortos, se houvesse alguém antes Dele? Não, não houve. NÃO, NEM MESMO ADÃO! Depois da morte espiritual da raça humana, todos tiveram que esperar pelo PRIMOGÊNITO para que pudessem segui-Lo fora da morte espiritual.

Então, quando o Espírito Santo me disse, “Você não sabe muito sobre a adoração”, Ele estava falando do desejo que Ele tinha que eu entendesse a diferença entre a adoração do Antigo para o Novo Testamento: Uma comunhão livre do pecado flui de nossa nova natureza, através da adoração, de nosso espírito para o Espírito de Deus, pois Deus é um Espírito e procura tais que O adorem. Nosso Pai espera pela comunhão de Seus filhos.

Você deve também saber que quando você chegar no Céu e for rodeado pela glória Celeste, a sua adoração pessoal será espontânea. Você não será capaz de se conter! Para ter a noção da adoração celestial, pense nos sentimentos que você tem quando você ama muito uma pessoa e a sua maior alegria é fazê-la feliz. Então, multiplique este sentimento milhares e milhares de vezes e talvez você comece a ter uma pequena visão do que seria no Céu a adoração ao Pai.

Quando nós estivermos no Céu e vermos o Pai sorrindo para nós, iremos nos sentir como se tivéssemos alcançado o nosso maior propósito na vida. O manancial de alegria daquele momento nos dará certeza de que fomos os maiores conquistadores que já viveram e simplesmente por saber que O agradamos, sentiremos a maior plenitude existente. Quando a alegria do Pai vem sobre nós em ondas, nossos sentimentos mais profundos se levantam em adoração fervorosa. Em meio a tudo isso, saberemos que encontramos tudo o que poderíamos querer. E com a eternidade pela frente, saberemos que a alegria experimentada jamais acabará, pelo contrário, aumentará cada vez mais.

Mas pense – não precisamos esperar para chegar no céu para experimentar este tipo de adoração. O Pai vive em uma grande expectativa de que começaremos a entrar em comunhão com Ele neste nível AGORA, pois não existe nenhuma distância entre o Senhor e nós. O que nos separava no passado não pode ser medido em distância apenas pela morte espiritual. Agora fomos colocados novamente na Presença do Pai. Podemos adorá-Lo e entrar em comunhão com Ele como se estivéssemos no próprio Céu – somente porque nos foi dada uma nova natureza!

Deus tentou me colocar em uma longa adoração há um ano e meio; eu deveria tê-Lo ouvido. Se eu soubesse o que a adoração faria à minha fé, ou à minha habilidade de receber de Deus, eu teria me entregado há muito tempo para a menor de suas sugestões. Eu não teria recebido aquela repreensão na linha de oração. 

Ouça o que eu estou dizendo, acredite em alguém que está no ministério há um bom tempo. Essa chave espiritual pode ser exatamente o que você tem buscado. 

Algum tempo atrás, eu estava indo a uma peça sobre a Paixão de Cristo. Tudo estava perfeito: o figurino, a atuação, a música. Nada estava fora do lugar – nem uma nota musical ou falha técnica. O inferno estava quente e os anjos voavam. Só havia um problema – não havia unção!

Quando estava voltando para casa, imaginei o porquê disto. O que seria necessário para encher uma peça como aquela com a presença de Deus? Deus usou esta oportunidade para me ensinar. Ele me deu o tipo de visão que se materializa no espírito e vale por mil palavras. 

Na visão, vi uma pequena pedra sendo jogada em um lago. As pequenas ondas que emanavam da pedra encheram o lago todo.

Então o Senhor me disse, “Quanto mais você adora, mais o Espírito Santo é capaz de impermeabilizar o seu espírito com a Presença Dele. As pequenas ondas do seu espírito irão impermeabilizar sua alma, e as pequenas ondas da sua alma irão impermeabilizar os seus sentidos. Finalmente, a Presença do Espírito Santo não irá apenas envolver todo o seu ser; Ela irá impermeabilizar a atmosfera ao seu redor até que outras pessoas possam senti-la”.

Você pode imaginar os resultados que este tipo de adoração pode trazer para a unção de um líder de adoração, para a mensagem de um pregador ou para a casa de um crente? E o que poderia fazer com a falta de fé contra a qual temos que lutar? Certamente, as emoções podem ser facilmente transformadas pela Presença de Deus como são transformadas pela presença do tormento e medo!

Veja, quando eu me tranquei na sala do som, eu não tinha nenhum outro objetivo além de adorar a Deus. Eu não estava pedindo nada. Não estava tentando receber nada. Portanto, eu não estava totalmente preparado para o que estava por vir. A princípio, foi fácil, mas com o passar do tempo, a quantidade de horas que eu havia me comprometido a adorar passou a demorar. Às vezes, eu me sentia muito seco e a minha carne estava fria como uma carne congelada. No entanto, continuei adorando – e então, algo começou a acontecer. Um tipo de batismo dos meus sentidos começou a acontecer quando a Presença de Deus  permaneceu comigo durante o dia todo.

A Presença parecia querer entrar em comunhão com as minhas decisões e com minhas orações quando orava pelas as pessoas. Aliás, Ele estava lá antes de mim. Ele parecia querer encher minha fé com substância das coisas que eu estava esperando, pois desejos de muitos anos passaram a acontecer. 

Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. (Hebreus 11:1)

Eu deveria saber que a adoração tinha algo a ver com receber de Deus!

Deus me colocou em longos períodos de adoração para me ensinar porque eu sou um mestre e ele sabia que eu iria fazer isto. Existe muito mais para ser partilhado sobre como experimentar este tipo de adoração. Mas, por enquanto, deixe-me encorajá-lo a começar com isso.

Separe um tempo a cada dia para se entregar completamente à adoração. Posso dizer que mesmo meia hora ou uma hora a cada dia será suficiente para começar TUDO, pois Deus gosta quando você se entrega inteiramente, derramando tudo o que você é em palavras de adoração a Ele, mesmo em pequenos períodos. Use este tempo para magnificar e glorificar o seu Pai. Ele gosta muito quando você diz continuamente do seu coração, “Eu Te amo, Deus meu Pai. Eu Te amo, Pai. Eu Te amo e Te quero mais do que a minha vida”.

Se você tem fé suficiente para fazer isto, você ficará surpreso com o que Deus fará por você. Veja, não se trata de quão boas são as suas palavras quando você tenta estruturar a sua adoração em grandes discursos teológicos. Pelo contrário, se trata da quantidade do seu coração e alma que é derramado em cada frase de adoração. 

Olhe o que Efésios 5:17-20 diz sobre a adoração:

Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,

Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,

Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando Paulo fala sobre “falar entre vós com salmos, hinos e cânticos espirituais”, ele está se referindo à adoração pessoal.

Quando eu entrei na Presença de Deus adorando-O, eu não tinha outro objetivo a não ser amá-Lo e dar-Lhe toda glória. Mas não podemos entrar na Presença de Deus para adorá-Lo sem que a nossa adoração tenha um profundo efeito em nossos sentidos. Eu chamo esta experiência de “o batismo de meus sentidos em Sua Presença”.

Veja novamente o que o versículo 18 diz: E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. Então, considere isto: Qual é a parte do corpo que é mais afetada pelo álcool? Não são os sentidos naturais? No entanto, Paulo está comparando esta experiência a ser cheio com o Espírito Santo!

Vamos discutir por que Paulo escolheu fazer isto. Em primeiro lugar, por que um alcoólatra bebe? Ele bebe para tentar lidar com os problemas de sua vida. Ele seda seus sentidos com álcool e com isso a realidade de seus problemas nunca será ajustada.

Mas não é assim que acontece conosco. Deus teve que nos deixar em um corpo físico, embora pertençamos a um reino espiritual. Nossos sentidos estão continuamente em contato com um mundo negativo com o qual temos que lidar todos os dias. Enquanto um alcoólatra lida com seus problemas estando com seus sentidos entorpecidos, você e eu podemos lidar com nossas vidas estando cheios com o Espírito, falando entre nós salmos e hinos e cânticos espirituais (que é a adoração pessoal).

Por nos oferecermos ao Senhor em adoração pessoal, Sua Presença terá um efeito similar em nossos sentidos que um alcoólatra tem em seus sentidos alcoolizados. A diferença é que o alcoólatra está FUGINDO de suas responsabilidades; você e eu estamos correndo EM DIREÇÃO ÀS nossas. A pressão do álcool na mente de um alcoólatra o desvia da responsabilidade para a irresponsabilidade. Em contraste a isto, o mover da Presença do Espírito Santo transporta nossas mentes para fora de um mundo de irresponsabilidade para um mundo de responsabilidade, sedando-nos para não recebermos dentro de nós nada que se levante contra as promessas de Deus. Esta experiência se manifesta em nós com uma paz sobrenatural que diz: “A operação do Reino de Deus é mais real e viva em mim do que a operação do mundo”.

Quero falar de mais um ponto sobre o meu tempo de adoração pessoal. Durante aquelas horas, eu não peço nada; eu somente passo o meu tempo dizendo ao meu Pai o quanto eu O amo. Também uso meu tempo agradecendo-O e louvando-O por tudo o que Ele já proveu para mim, de acordo com Efésios 5:20:

Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 

Finalmente, por você achar um tempo em sua agenda para adoração pessoal, lembre-se de que Jesus se tornará para você tudo o que você disser que Ele é. Você não pode adorar a Deus por uma hora e dizer que Jesus é a sua Cura, seu Provedor, sua Paz ou sua Sabedoria, sem que Ele se torne para você o que você está dizendo que Ele é.

Assim, chame pelo Senhor em seu tempo sozinho com Ele e ouça o que o Espírito Santo fala em seu espírito. Faça qualquer ajuste que Ele tem guiado você a fazer, trocando sua fraqueza pela força Dele e sua carnalidade pela santidade Dele. Por você cuidadosamente dar estes primeiros passos na adoração pessoal, você terá muito mais facilidade de entrar naquele lugar íntimo de adoração, como nunca. E por você experimentar aquele batismo em seus sentidos na Presença de Deus, você descobrirá de fato que isto era tudo o que o seu coração procurava!

Seu amigo e colaborador

DAVE ROBERSON

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