DAVE ROBERSON
Setembro – 2003
Querido Amigo,
Você já observou que embora tenhamos recebido uma nova natureza quando nascemos de novo, as recompensas variam em níveis? Você pode achar a razão disto dando uma olhada em Romanos 5.
Romanos 5:16 diz, O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. Paulo está dizendo aqui que por causa da ofensa de um só homem Adão, você, eu e todos os outros seres humanos que já viveram, todos nós nascemos espiritualmente mortos. Ainda, por causa da graça de Deus, toda multidão de ofensas cometida desde Adão até Cristo foi também justificada em um Homem – Jesus Cristo, o Homem.
Paulo continua dizendo mais sobre isso no versículo 17: Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Por causa da ofensa de um homem Adão, o diabo ganhou acesso ao estado de morte espiritual na humanidade. Assim, a morte reinou na raça humana através da natureza do pecado, fazendo com que os “Hitlers” deste mundo cometessem toda sorte de barbaridades através dos anos. Mas, quando Jesus destruiu aquele que tem o poder da morte, Ele destruiu aquilo que o diabo segurava sobre a humanidade, dando àqueles que O recebessem uma nova natureza no lugar da velha, através da qual Satanás tinha reinado em suas vidas.
Qualquer um que é morto espiritualmente tem a capacidade de se tornar um Hitler, porque as pessoas pecam em níveis diferentes através da natureza com a qual nasceram. Mas, da mesma maneira que as pessoas se entregam em níveis da natureza do pecado antes de nascerem de novo, elas também se entregam em níveis à justiça que Deus deu ao Seu povo através da Sua graça.
Portanto, nós também reinamos na vida em níveis variados – desde o nascimento novo até desfrutarmos da plenitude dos benefícios que Deus tem para nós. Tudo depende do QUE FAZEMOS COM O QUE TEMOS. Nossa recompensa não é baseada pelo amor de Deus por nós, porque isto não varia. Ela é baseada em NOSSO amor por ELE.
Sim, existe um andar nesta vida no qual você pode reinar a cada passo dado, desfrutando de tudo que Deus tem para você através da abundância da Sua graça e do Seu dom da justiça. Contudo, a jornada depende em QUEM GUIA VOCÊ E O QUE VOCÊ FOI ENSINADO. Você foi ensinado sobre limitações e condenação? Ou que pode abrir as coisas de Deus para que esteja pronto para segui-lo, não importando o que aconteça?
Particularmente, agradeço a Deus porque descobri como alimentar a fome que está dentro de mim. Se eu não tivesse descoberto esta resposta, eu poderia ter dado a minha fome para outra pessoa e como resultado, ter feito nada além de “dar golpes no ar” durante toda a minha vida. Sem nenhum fruto do meu esforço para mostrar.
Muitos anos atrás, quando eu estava muito faminto por Deus, mais do que nunca, eu costumava entrar em um quarto de oração todos os dias para orar em línguas exaustivamente. Eu tinha três filhos pequenos e uma mulher esperando por suprimento, mas eu não tinha onde pregar. Então, entrei naquele quarto e orei o tempo inteiro devido a tanta necessidade. Assim, foi nesta hora de grande fome que a oração em línguas saciou a minha sede, alimentou a minha fome e me pôs no caminho para chegar até Deus. Agora a minha única intenção é reinar através do dom da justiça e da Sua graça para entrar na plenitude do que Deus falou que Seu povo poderia fazer para mudar uma cidade inteira!
Deixe-me contar a você sobre como um homem que atingiu este estado de fome e se alimentou apesar das grandes adversidades encontradas em sua vida. Há muitos anos, eu escrevi sobre este homem em uma carta de ensino mensal. A carta era mais ou menos assim.
*****
Querido amigo,
Certa noite, eu estava me confraternizando com um amigo meu depois do culto, um homem de Deus que é amado e respeitado por todos. Meu amigo começou a me contar sobre a vida de um pregador que havia conhecido.
Eu já ouvi tantas histórias que pensei já ter ouvido quase tudo. Já tinha ouvido histórias sobre ameaças de exploração, grandes cruzadas e sobre situações impossíveis serem consertadas. Mas esta história tocou o meu coração e fez algo dentro de mim. Eu sabia que o Espírito Santo estava dizendo para que eu ouvisse com atenção porque esta história seria um exemplo que mudaria a minha vida – e foi exatamente o que aconteceu!
Tudo em mim queria ouvir o que aquele meu amigo ministro estava dizendo. Eu percebi que se eu conseguisse pegar a mensagem que estava dentro daquela história, eu jamais seria o mesmo.
A história era sobre um homem que tinha uma boa família e um ministério bem sucedido. Seu ministério era muito organizado e eficiente, incluía 75 membros na sua equipe de obreiros.
Então, um dia sua mulher e seus filhos morreram em um acidente de carro – todos os cinco. Este homem sabia que Deus não havia causado o acidente de carro que levou sua família; no entanto, foi a reação dele a esta tragédia que me surpreendeu.
Muitos sobrevivem a uma coisa como esta da melhor maneira que podem. Então, depois de um tempo, se reconstituem e começam a funcionar normalmente.
Mas não este homem! Ele imediatamente despediu seus obreiros e passou a pregar para gangues e em universidades por toda parte. Ele desistiu de um “ministério” bem sucedido, como assim chamamos tradicionalmente, trocando seu púlpito pelas ruas, sem pensar em sua própria segurança ou se suas necessidades seriam supridas.
Daquela hora em diante, este ministro podia ser encontrado pregando em universidades e em casas noturnas onde gangues de viciados e criminosos costumavam ir. E meu amigo me disse que o que você nunca deveria fazer era dar a entender para este homem que Deus não supriria as suas necessidades. Este meu amigo cometeu este erro uma vez, e aquele homem respondeu imediatamente, “Por favor, não diga isso. Nunca diga isso novamente. Deus sempre proveu e sempre proverá as minhas necessidades”.
Então, meu amigo disse para este homem, “Deixe-me fazer outra pergunta. Você sempre conseguiu pagar suas contas desde que saiu da cidade?”
O homem respondeu, “Eu sempre pago as minhas contas”.
“Você nunca deixou de pagar alguma conta?”
“Nunca”, o homem respondeu. “Deus é fiel, Ele sempre foi fiel. Então, por favor, nunca diga isto novamente”.
Por três vezes este homem foi machucado tão violentamente que ficou cego. E, todas as vezes Deus o levantava e o curava. Todas as vezes este homem voltava e pregava para as gangues que haviam batido nele até que muitos fossem salvos.
Este ministro foi atacado tanto em uma cidade que apanhou cem dias seguidos. Todos os dias a gangue o machucava e todos os dias Deus o curava sobrenaturalmente. Em meio a tudo isso, o homem apenas continuava a pregar e a pregar para as mesmas pessoas. E caso você esteja achando que ele de alguma maneira perdeu a perspectiva saudável de sua vida e ministério, pense novamente. Durante este tempo ele continuou a ser um ministro muito respeitável, continuando a pregar em uma das mais influentes igrejas dos Estados Unidos.
Uma vez, este homem sofreu danos físicos tão intensos por causa das gangues que seus amigos insistiram em levá-lo a um hospital. Mas, mesmo tendo sido chutado, cortado e batido com correntes ele disse a seus amigos, “Não! Apenas me levem até o hotel, me ponha na cama e me cubra. Eu ficarei bem”.
Mais uma vez, Deus veio até este ministro durante a noite e o curou sobrenaturalmente. No dia seguinte, ele voltou e pregou para a mesma gangue que o havia machucado. Quando o líder da gangue, aquele o havia machucado mais, viu que ele havia sido completamente curado, exclamou, “Você não pode ser aquele homem!”
O ministro respondeu, “Eu sou aquele homem. Deus me curou”. Então, um temor santo e reverente veio sobre o líder da gangue e ele disse, “Este homem é um homem santo de Deus e enquanto ele estiver em meu território, qualquer pessoa que o tocar prestará contas a mim”. Então, daquele dia em diante, o ministro ficou conhecido como “Santo”.
As coisas que aconteciam àquele homem eram absolutamente maravilhosas. Um dia, ele estava voltando para o hotel depois de pregar em uma universidade numa cidade desconhecida. Naquela hora, ele tinha apenas dois dólares em seu bolso. De repente, um homem mal encarado, com um olhar maligno, atravessou a rua e veio até ele, falando palavras horríveis. Então, este homem disse, “Tenho que lhe dar $500 dólares, está aqui – pegue este dinheiro!”
O homem de Deus chamado “Santo” disse, “Eu não vou aceitar nada de você. Pare de falar estas palavras horríveis e receba a salvação. Deixe Deus limpar seu coração imundo”.
O homem respondeu, “Você não entende. Eu preciso lhe dar este dinheiro. Uma Presença veio sobre mim e eu sei que era Deus. Então, uma voz falou comigo e me mandou lhe dar este dinheiro. Por favor, aceite este dinheiro, por favor!”
O ministro disse, “Então, tudo bem. Se Deus lhe disse para me dar este dinheiro eu o aceitarei. Mas, você precisa ajustar o seu coração com Ele”. Era assim que este homem “Santo” fazia uma grande colheita entre as gangues da rua e nas universidades dos Estados Unidos.
Eu não sei onde “Santo” está agora; provavelmente ele já foi ter com Jesus. Mas quando eu ouvi o testemunho deste homem, sabia que Deus estava pronto para me ensinar alguma coisa. Eu acho que estou começando a entender agora o que era.
Nos dias que se passaram, eu continuei a me perguntar, Porque este homem foi ao extremo no seu ministério quando perdeu a sua família? Ele não era uma pessoa com cicatrizes de lutas, tatuagens, que havia crescido nas ruas, com a qual um presidiário poderia se identificar. Ele não tinha um ministério que apenas se encaixava nas ruas. Não! Sua situação era diferente. Ele havia construído o seu próprio ministério desde o início. Ele tinha 75 pessoas em sua equipe e pregava internacionalmente.
Mas quando “Santo” desistiu de todo aquele sucesso e começou a fazer alguma coisa pelo Reino que era completamente desconhecida dele – que eu não conseguia deixar de imaginar por quê. Eu pensei e orei sobre esta pergunta por muito tempo até que finalmente comecei a entender.
Este homem amava muito sua família. Eles eram sua vida, mas de repente não estavam mais lá. Eu acho que é impossível entender o que é isso sem experimentar algo similar. Não havia onde procurar por sua família. Eles tinham ido embora. A dor não podia ser apagada porque ele sabia que eles não voltariam. Tudo o que restou foi um espaço vazio no interior, isento de qualquer esperança de revê-los em sua vida.
O vazio pode ser tão grande neste tipo de situação que pode fazer o coração de uma pessoa ficar doente a ponto de querer a morte. Este ministro já tinha tudo o que a religião tinha para oferecer com respeito ao sucesso. No entanto, todas estas coisas falharam com ele em sua hora de necessidade. De repente, ele era um homem que não tinha nada a perder e que não tinha medo de nada porque não se importava se viveria ou morreria.
“Santo” tinha todas as provas de um ministério bem sucedido, mas, Jesus não parecia estar nestas “provas de sucesso” o suficiente para curar o seu coração partido. Em uma hora de crise como a deste homem, uma pessoa precisa ter algo a mais, algo maior que o seu sofrimento.
O que o ministro estava buscando era a paz – o tipo de paz que só pode ser encontrada quando se conhece Deus. Eu não estou falando sobre a habilidade de liderar grandes organizações ou ficar atrás de um púlpito para pregar. Estou falando sobre a paz que vem porque uma pessoa sabe – realmente sabe – que Deus está com ela.
Quando este homem chamado “Santo” não pôde encontrar o suficiente de Jesus para curar o seu coração partido dentro do mundo no qual ele estava ministrando, ele foi para o mundo dos perdidos. De alguma maneira ele sentiu que Jesus o seguiria naquele mundo e curaria seus profundos machucados interiores, dos quais ele não podia escapar. Foi assim que aconteceu quando naquele dia aquele homem tinha 75 pessoas em sua equipe e o melhor de tudo, e no dia seguinte, teve sua cabeça esmagada por correntes e as roupas rasgadas pelos ateus e pecadores que tentavam pará-lo.
Mas “Santo” nem se importava com as surras recebidas pelas mãos daqueles com os quais ele estava compartilhando o Evangelho. Embora o seu corpo físico estivesse agüentando aquelas pancadarias, o seu homem interior estava livre.
A verdade é que a dor de um coração machucado pode suportar o peso da dor de uma pancada física. Algumas pessoas podem pensar que o preço que este homem “Santo” pagou para achar a paz tenha sido tão grande é pela razão de nunca terem experimentado elas mesmas a paz suficiente para saber a diferença . Uma vez que uma pessoa recebe este tipo de comunhão com Jesus é porque ela está disposta a segui-Lo até o inferno, se isto significar possuir paz e ter a doce garantia de que Jesus está verdadeiramente andando com ela.
Quando algo traumático como isto acontece, que faz com que um homem seja crucificado para o mundo, para que o mundo não tenha mais importância para ele, os resultados podem ser os mesmos se ele tomar um caminho diferente através do jejum e oração. Do mesmo jeito, ele virá para o mesmo destino no Espírito.
A diferença entre os dois é que o jejum e a oração sempre trarão resultados a uma pessoa a ser crucificada para o mundo e o mundo para ela. Por um outro lado, quando uma circunstância trágica tira a esperança de uma pessoa e a sua razão de viver, isto nunca o leva para Deus. Algumas vezes a pessoa permite que a tragédia o afaste de Deus e entra em ódio e amargura.
No caso de “Santo”, contudo, ele escolheu se aproximar de Deus quando a tragédia o acometeu. Agora, existe uma coisa que sabemos com certeza: Deus não mandou aquele acidente de carro para aquela família e nem havia nada de divino naquilo. Mas, quando aquilo aconteceu por qualquer motivo, o resultado foi que “Santo” não quis mais saber se ele viveria ou morreria.
Quando um homem como este se volta para Deus porque não tem nada mais a perder, ele se torna muito perigoso para o diabo. Foi isso que aconteceu com este homem. Nos dias que ele perdeu sua família, ele se esvaziou diante de Deus. Nada mais tinha sentido para ele neste mundo. Ele morreu para o mundo e o mundo para ele.
Então, aqui estava um homem que Deus agora podia direcionar para fazer qualquer coisa, desde estar diante de reis pregando, como sobre uma relva em uma choupana pregando para os guerreiros africanos. “Santo” não estaria intimidado pela realeza ou pelo facão dos guerreiros tribais.
Assim, Deus pôs este ministério dentro do tipo de comunhão com Jesus que pôde curar seu coração ferido e lhe dar paz. Mas não é maravilhoso que quando “Santo” se crucificou para o mundo e o mundo para ele, Deus lhe pediu para fazer alguma coisa que menos do que cinco por cento dos cristãos neste mundo estariam dispostos a fazer? “Santo” se ofereceu para aquelas pessoas que não queriam conhecer Deus. Estas eram pessoas cujas mentes e vidas estavam possuídas pelo diabo e que o receberam com violência tentando fazer com que ele se calasse, este foi o alto preço que ele pagou para lhes falar sobre Jesus. Nesta comunhão profunda com Deus que “Santo” achou, Jesus lhe pediu para andar com Ele – não em um caminhar de trinta ou sessenta por cento, mas nos últimos cinco por cento do caminhar de cem por cento, um lugar de comunhão de intimidade onde poucos crentes experimentam.
Por que Jesus chama Seu povo para partilhar o Evangelho mesmo nos campos de missão mais difíceis, como Ele fez com “Santo”? Porque o tanto que Jesus ama a Igreja, não é a Igreja que Ele vem buscar, mas por aqueles que ainda não foram salvos. Uma vez que nascemos de novo, a obra da Cruz já foi concluída em nós. Nós somos as noventa e nove pessoas juntas que não precisam mais de arrependimento. Mas, para o pecador que ainda não conhece Jesus, é como se a Cruz nunca tivesse existido, e a menos que possamos trazê-lo ao nascimento novo antes que sua vida se acabe, para este, será como se Jesus nunca tivesse vindo.
É por isso que Jesus falou que deixou as noventa e nove pessoas e foi para o deserto à procura daquela “uma” perdida. Suas palavras podem ser achadas em Lucas 15:4-7:
Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontra-la?
Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
“Santo” foi chamado para ser um poderoso evangelista. Mas, como muitos de nós, ele começou seu ministério fazendo coisas de certa maneira por causa do jeito que lhe foi ensinado, eu digo, aqueles que o treinaram. Ele supunha que o jeito que ele tinha sido levado para o Reino de Deus fosse o jeito certo de se fazer. Esta é a mesma razão pela qual muitos evangelistas que são chamados a evangelizar o perdido, tradicionalmente vão de igreja para igreja e de um grupo de crentes para outro.
Mas, quando a vida deste homem foi violentamente dilacerada e se voltou para Jesus em busca de socorro, Jesus disse, “Venha comigo, ‘Santo’. Existem algumas pessoas que eu tenho tentado alcançar. Eu tenho pedido para muitos evangelistas para irem, mas eles não vão. Você virá Comigo, ‘Santo’?”
“Santo” achou a comunhão que ele estava procurando, porque como Jesus disse, “Onde Eu estou, estará o Meu servo também”. Vamos olhar para as palavras de Jesus no contexto:
Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará. João 12:25,26
Isto nos ajuda a entender a razão do porquê os crentes algumas vezes ficam “secos na Videira”. Eu acho que muitos cristãos não entendem por que isto acontece com eles. Mas, em João 15:2, Jesus explica: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele [o Agricultor] o corta… . A vida de Jesus deve fluir através dos crentes, que são os galhos, e ir para o mundo perdido. De outro modo, nenhum fruto será produzido para o Reino de Deus e a vida divina que fluirá através dos galhos eventualmente será nada mais do que uma gotinha.
Em João 15:16 há uma das coisas finais que Jesus disse antes de levar Seus discípulos ao ribeiro de Cedrom e esperar que Judas viesse traí-Lo: Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
Observe como este versículo diz que os discípulos foram escolhidos e ordenados a irem adiante e dessem fruto e que seus frutos permanecessem. Dois mil anos depois, a incumbência da Igreja ainda é a mesma. Seu principal objetivo é de continuar dando fruto – continuar ajudando as pessoas a se salvarem.
Sempre que um galho que está ligado à Videira cessa de dar fruto (que traz as pessoas para a salvação), ele seca na Videira. É isto o que acontece com uma grande quantidade de organizações. Eles começaram na Videira, mas, eventualmente voltam para os grupos humanitários, tendo como priopriadade atender as necessidades naturais das pessoas. Graças a Deus pela a ajuda que estes grupos proveram, ainda que aquela ajuda natural nunca tivesse oferecido a exclusão do espiritual. É por isso que Jesus disse o que Ele disse em João 15:1,2: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
Eu sei que nem todos de nós somos chamados a fazer o que “Santo” fez. Alguns de nós somos chamados para os ministérios de “socorros” e “governos”; outros são chamados para o ministério da oração que mudam as coisas e ainda outros são chamados para manusear a Palavra com muita habilidade. Mas temos que sempre lembrar que os galhos são parte da Videira; a Videira pertence ao Agricultor; e todos os três são designados a funcionarem em um único objetivo: dar fruto ao salvar as pessoas.
Quando o homem chamado “Santo” lidou com uma situação impossível, ele encontrou paz somente morrendo para o mundo e se entregando totalmente ao chamado de Deus para dar fruto aonde fosse que o Espírito Santo o levasse. A cada dia que se passa eu estou tendo mais e mais paz por aprender como fazer a mesma coisa. A vida tem se tornado uma grande aventura por eu deixar com Deus toda situação impossível e ver o que Ele vai fazer. Enquanto isso, eu continuamente me concentro em me achegar mais perto Dele, assim como em obedecer ao que Ele me pede para fazer.
A paz tem me ajudado a entender que por nós verdadeiramente deixarmos nossos problemas com Deus, nós podemos continuamente viver com uma doce segurança de que Ele irá se mover poderosamente em nosso lugar. Nós podemos não saber como Ele virá para nós, mas podemos descansar com segurança porque Ele irá FAZER ALGUMA COISA!
A sua parte é permanecer faminto. A habilidade de Deus para operar em sua vida está toda embutida no potencial da sua nova natureza. Depende de você alimentar sua fome através de oração e jejum, através da adoração e através da meditação da Palavra. Será a sua escolha levar aquelas circunstâncias impossíveis para Deus ou para fora Dele quando elas se levantarem.
Isto eu lhe garanto: Na paz permanente da Sua Presença, você conhecerá sem dúvida nenhuma que você achou as respostas corretas para aquelas duas importantes perguntas: QUEM LHE LIDERA? e O QUE LHE FOI ENSINADO? E naquele lugar de paz, Deus poderá restaurar você completamente e levá-lo à plenitude do seu papel no Seu grande plano para este mundo perdido.
Seu amigo e colaborador
DAVE ROBERSON