Carta AMD Junho 2016

Amado(a) Irmão(a),

Na carta deste mês de junho, vamos aprender a tomar consciência de como Jesus já nos deixou livres de toda a escravidão da mente.

Nos dias atuais, é muito comum ver a dificuldade dos cristãos em andar na liberdade que Deus nos concedeu. E o mesmo ocorreu com o povo de Deus, quando saiu do Egito: aquelas pessoas estavam livres da escravidão e saradas de todas as enfermidades, mas ainda assim tinham dificuldades em andar em liberdade. Aquela geração não soube usufruir do que Deus tinha provido para ela, a mente daquelas pessoas ainda era escrava.

Naquela época, Moisés teve um encontro com Deus, que lhe disse o que fazer. Mas, acompanhando o fato nas Escrituras, vemos que o povo hebreu, incomodado com a mudança, apreensivo com a libertação, fez pouco caso de Moisés e Arão. Moisés ouvia a Deus e trazia a mensagem na íntegra ao povo, mas mesmo assim era criticado como se fosse ele o autor das mensagens.

Dessa forma, muitas gerações viveram e morreram na escravidão, mas havia chegado o dia em que ficariam livres. A verdade é que eles não sabiam viver naquela liberdade que tinham acabado de receber. Aquele povo saiu do Egito com os despojos e com a cura das enfermidades e, por fim, atravessaram o Mar Vermelho. Moisés celebrou a Páscoa pela libertação da escravidão.

Mas quatrocentos anos de escravidão não escravizaram somente o físico daquelas pessoas, mas também a mente delas. Israel não conseguiu entender que, então, estava livre.

O povo de Israel viu sinais, maravilhas e milagres, mas ao receber a liberdade, ficou confuso. Mesmo assim, Deus estava com aquelas pessoas, protegendo-as por meio da nuvem durante o dia, e do fogo à noite. É incrível observar como eles não conseguiam crer naquela Presença e, constantemente, iam reclamar com Moisés como se estivessem abandonados por Deus.

Em razão dessa mente escrava, isto é, desse modo errado de pensar, os hebreus tiveram grande dificuldade em obedecer a Deus. Por exemplo, Deus deu uma ordem em relação ao maná. O povo deveria se servir somente da quantidade suficiente, o que equivalia ao número de membros da família, mas muitos fizeram o contrário, guardando o maná para o outro dia. Só que o maná mofava se fosse guardado, porque o consumo era para apenas um dia. Moisés os repreendeu, relembrando-os de que somente no sexto dia poderiam pegar para dois dias, porque o sétimo dia era o dia do descanso, o dia do Senhor.

O desenrolar dessa história toda está escrito no Livro de Êxodo, capítulos 3 a 32. Aconselho que você o leia para verificar o ocorrido, prestando atenção na atitude do povo, nas mensagens que Moisés passou, nas contestações do povo, na forma como Deus age, enfim, compare tudo com o estudo que estamos juntos analisando nesta carta.

Moisés, então, vai para o Monte e lá fica com Deus por quarenta dias. Ao descer, pronto para anunciar a Palavra de Deus, encontra o povo adorando um bezerro de ouro. Moisés fica enfurecido ao se deparar com aquela cena. Imagine o contexto: aquelas pessoas estavam livres, só que mentalmente ainda eram escravas: nada as fazia entender sobre a liberdade que lhes tinha sido dada.

Isso também pode ser observado no livro de Números, nos capítulos 13 e 14, quando Moisés mandou que um representante de cada tribo fosse espiar a Terra Prometida. O relato dos representantes, apesar de terem trazido os gigantescos frutos da Terra para testemunhar, foi desanimador, pois só conseguiram olhar para os gigantes que habitavam naquela Terra. A ideia negativa foi se espalhando para toda a congregação, que acabou ficando contra Moisés e também contra Deus.

Enfim, Deus chama Moisés e anuncia que todas as pessoas com idade de vinte anos para cima morreriam no deserto e somente aqueles de dezenove anos para baixo entrariam na Terra Prometida. Moisés teve que transmitir essa triste e dolorosa mensagem ao povo. Não havia mais formas de Deus lidar com esse povo que não entendia nada de liberdade. A mente deles continuava escrava: ao mesmo tempo que diziam estar libertos, faziam um bezerro de ouro para adorá-lo; esse sistema religioso arraigado em suas mentes foi herança dos quatrocentos anos de escravidão no Egito.

Deus fez de tudo para que entendessem que não eram mais escravos, e que Ele era o Provedor que estava junto deles sempre. Mas não conseguiram entender, e foi por isso que essa mente escrava teve que morrer no deserto.

Precisamos entender que Deus nos quer livres. Ele sempre quis isso. Observe que quando Jesus foi batizado por João Batista e foi para o deserto passar um tempo com o Pai, em jejum, Ele estava cheio com o Espírito Santo. Ao voltar do deserto, a mensagem do reino estava com Ele, assim como acontecia com Moisés. E qual era a mensagem? “Vocês ficarão livres”. Os judeus nunca aceitaram isso, mas perceba a correlação: Jesus estava fazendo o mesmo que Moisés, trazendo a mensagem do Pai Celeste e sendo criticado e rejeitado pelo povo.

Jesus morreu na Cruz por nós, ressuscitou, e nos deixou livres. Quando aceitamos Jesus, ficamos livres; simbolicamente, deixamos o Egito.

Antes de se entregar na Cruz, Jesus disse que o Pai mandaria outro Consolador, pois Jesus voltaria para o Pai e não estaria mais pessoalmente presente conosco. Com a vinda do Espírito Santo para habitar em nós, novamente a mensagem de Deus nos é dada, para que possamos obedecê-Lo e ser guiados por Ele. Entretanto, ainda assim, que dificuldade tremenda temos em admitir que estamos livres! Deus está conosco o tempo todo, podemos saber a vontade Dele e ter a certeza de que nada nos faltará.

Vamos observar o que diz I Coríntios 2:7 sobre o agir do Espírito Santo por meio da oração em línguas:

Mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória.

Em Romanos 8:26 está escrito:

Também, o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.

Entenda que agora é possível para nós andarmos nessa liberdade que nos foi dada, simplesmente permitindo que o Espírito Santo ore e fale conosco através dessa área que está livre. Ele, o Consolador, nos ensina como viver na liberdade e destruir a escravidão da mente.

Infelizmente, muitos cristãos, ainda vivem com a mente escrava, construindo “bezerros de ouro”. Por exemplo, quantas mulheres cristãs não podem usar joias; quantos homens cristãos têm que usar terno e gravata por obrigação, para não serem “amaldiçoados por Deus”? Quantos falam em nome de Deus e alegam que a cura não é para hoje? Quantos cristãos não aceitam a prática da oração em línguas? E as dúvidas em relação à vontade de Deus continuam, a lista é imensa.

O Espírito Santo vem para nos ensinar como usar a liberdade em todas as circunstâncias. Ele é o único capaz de orar por elas. Diríamos que são os “bezerros de ouro” da mente escrava que nos bloqueiam para não entendermos que estamos livres, não estamos mais no “Egito”.

É preciso passar muito tempo com Deus, orando em línguas, e lendo a Palavra, para andar no cumprimento das Promessas de Deus. Nossa carne tem que morrer, como a carcaça do povo hebreu que ficou estirada no deserto por construir o bezerro de ouro. Eles foram dominados por aquela mente escrava, sem saber receber o que Deus dá e como obedecê-lo. Nós podemos, sim, andar na Unção que Jesus nos deu, em vez de ficarmos naquela escravidão mental.

Veja a Palavra de Deus confirmando isso nos versículos 2,4 e 14 de I Coríntios 14:

Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. […] O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. […] Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas minha mente fica infrutífera.

O que o Espírito Santo ora em nós vem do que Ele ouve de Deus. Ele nos ensina tudo sobre como andar nessa liberdade que Deus nos concedeu, Ele nos dá a direção de Deus a respeito do que Ele quer que façamos ou não.

Entregue-se à oração em línguas, pois o Espírito Santo vai lhe ensinar tudo o que você precisa!

Graça e Paz,

Ana Maria Dias

Author: Ana Maria Dias

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