Carta AMD Abril 2015
Amado(a) Irmão(a),
Nesses tempos, notícias alarmantes chegam até nós. Dia após dia, precisamos de algo muito forte para termos segurança na vida e, até mesmo, para alcançarmos o que desejamos. Por esse motivo, o ensino deste mês mostra a importância de termos a esperança no coração, baseada na Palavra de Deus. Vamos aprender a diferença entre a esperança de Deus ― que faz tudo acontecer quando estamos perdidos, e o que o mundo chama de “esperança”.
Vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre esperança em Romanos 15:13:
E o Deus da esperança vos encha de todo gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
Esta Palavra afirma que, não importa o que está ao nosso redor, nós estamos contentes e em paz, pois o poder de Deus e a esperança andam juntos. Vamos, então, analisar alguns fatos no Antigo Testamento para entendermos melhor o que estou dizendo.
Podemos dividir em dois grupos o povo de Israel no Antigo Testamento: o primeiro foi aquele que saiu do Egito com Moisés (foram pessoas que passaram a vida toda sendo escravas, de geração em geração, por quatrocentos anos); o outro grupo foi o que entrou na Terra Prometida.
Pois bem, esse primeiro grupo enviou os espias para averiguar a Terra Prometida (lembre-se que, ao voltarem, trouxeram um cacho de uvas tão grande que foi preciso dois homens para carregá-lo). É claro que se lhes fosse perguntado se gostariam de ir para aquela Terra onde as uvas eram daquele tamanho, diriam que sim. Então, a esperança que tinham era baseada no que estavam vendo e é isso que o mundo chama de esperança. E se perguntassem a eles o que achavam do deserto, enfaticamente diriam que odiavam.
Você está começando a entender que a esperança de Deus não é baseada nas circunstâncias (no que se vê), mas no que Deus diz? A esperança no que a Palavra de Deus diz produz a fé que muda toda e qualquer circunstância.
Vejamos o que Jesus transmitiu ao povo em seu sermão depois que saiu do deserto, em Lucas 4:18-19:
O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável ao Senhor.
A primeira coisa que Jesus transmitiu com suas palavras foi: o que era não será mais. Isso é esperança, entende? Essa é a esperança que está na fé. Observe o que está escrito em Gênesis 15:5, quando Deus levou Abrão para fora da tenda e lhe mostrou as estrelas:
Então conduziu-o fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.
Deus fez isso porque tinha que mudar o que Abrão e Sara tinham dentro de si. Por anos desejaram ter filhos, mas não tinham sucesso. Isso os deixou sem esperança, mas Deus mudou a esperança natural para a esperança divina: Ele avivou a esperança no coração deles.
Entenda isso: Se a esperança pode ver, a fé pode ter! O contrário é: Se a esperança não pode ver, a fé não pode ter!
Vejamos Hebreus 11:1:
Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.
A certeza é a substância do que se espera. Se não houver esperança no íntimo, nada vai mudar na vida. Vamos analisar aquele primeiro grupo de Israel: eles queriam viver na Terra Prometida, mas diziam: “lá tem gigantes….”. Eles queriam viver lá, mas tinham medo.
E quanto a Abrão? Ele precisou crer dessa forma: “vou ter algo diferente que tive no passado, baseado na Palavra de Deus, isto é, no que Deus me falou”. Vamos observar a primeira mensagem de Jesus (em Lucas 4), em que Ele citou Isaías 61:1-2:
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram.
Essa foi a primeira pregação de Jesus, e Ele disse que as coisas iriam mudar não somente no natural, mas em todas as esferas possíveis. O que é preciso hoje é ter quem pregue o Evangelho (que é a esperança). E essa esperança muda o que se espera, pois mudou até o nome de Abrão para Abraão: que significa “sou pai de multidão” ou “sou pai de muitas nações”. Para nós, isso não quer dizer muito, mas se não houvesse essa confissão, Isaque não teria nascido. Imagine que, todas as vezes que Abraão se apresentava a alguém, ele dizia: “sou pai de muitas nações”.
Em Isaías 61:2, Jesus falou que foi ungido para nos libertar de tudo o que o diabo fez (essa é a vingança do Senhor). Lembre-se dos milagres: a mulher do fluxo de sangue foi curada imediatamente (Marcos 5:25-34); o cego de nascença passou a ver (Lucas 18:35); a mulher encurvada foi sarada (Lucas 13:11-13). Jesus estava operando como um homem unido ao Espírito Santo. E essas pessoas tiveram esperança para receberem cura. É assim que se possui a Terra Prometida! O nosso grande problema é a alma que, cansada de esperar, duvida.
Vamos exemplificar o que é uma alma cansada e sem esperança. Imagine alguém que pratique esporte com afinco. De repente, essa pessoa fica doente e acaba impossibilitada de se exercitar. Então, ela chama um pastor para orar por ela. Antes de fazer a oração, o pastor pergunta: “Você gostaria de voltar a praticar esporte?”; a resposta é: “Bem, ah, acho que não vai ser possível, mas, claro que gostaria sim”. Pois bem, é exatamente assim a esperança do mundo. E era dessa forma a esperança daqueles que estavam no deserto: queriam entrar na Terra Prometida, mas davam desculpas, dizendo que havia gigantes por lá…
E é justamente por isso que a confissão da Palavra se faz tão importante: a pessoa precisa ver o que gostaria de ser, fazer ou ter. Por exemplo, o esportista teria que confessar: “Vou levantar dessa cama, vou praticar esporte de novo, pois pelas chagas de Jesus eu fui curado…”. Nossa herança é baseada no que Ele fez e não no que fazemos.
É bom lembrar que Josué e Calebe não aceitaram a opinião dos outros espias, eles tiveram esperança no que Deus falou e esperaram quarenta anos. Veja, a imagem dentro de nosso coração tem que ser real. Vamos a outro exemplo: imagine um menino na escola que conversa muito e brinca o tempo todo; a professora o coloca de castigo lá no cantinho da sala. Pois bem, mesmo lá no cantinho, ele só pensa nas brincadeiras: isso é o que ele tem dentro dele, então, isso é a esperança para ele naquele momento.
Você tem que crer e aceitar que Deus está com você e pode mudar sua vida. Mesmo diante dos ataques do diabo, que tentam pará-lo com tormentos, medos, insônias, preocupações, entre tantos outros dardos inflamados. Mude sua visão para que a situação também seja mudada.
Ler a Palavra todos os dias é imprescindível. Por exemplo, leia a primeira carta de João por um mês; depois vá mudando os livros subsequentemente. Ore em línguas por uma hora, confesse a Palavra por uma hora, adore a Deus. Essas práticas de oração vão trazer mudanças para nossas vidas. Mesmo que por um momento tudo fique pior, a mudança vai acontecer. É o mesmo que sair de um quarto e entrar no outro: assim será a mudança na sua vida. E dessa forma a paz de Deus virá no seu íntimo e é aí que você vai ouvir e ser liderado pelo Espírito Santo: a verdadeira esperança surge.
Meu irmão, você tem todas as armas à sua disposição para usá-las e receber as mudanças que precisa! Você será grandemente abençoado no nome precioso de Jesus!
É preciso usar a esperança para as conquistas! Tudo está disponível para você ser mais do que vencedor naquele que te amou: Jesus!
Arrume um tempo na sua vida hoje mesmo para estar junto de Deus, o Pai Celeste que nos amou a tal ponto de enviar Seu Próprio Filho para ajeitar nossas vidas em todos os aspectos. Tudo tem jeito; tudo é possível!
Saiba de uma coisa: não é mágica, é vida! Cada passo, cada momento, cada dia com o Senhor vai moldar sua vida Nele.
Graça e Paz,
Ana Maria Dias